27 de janeiro de 2015

87.

Acaba no fim do poema


Hoje te deixo ir, amigo
Hoje, quando digo
Sem medo
Que te amo muito,
Te deixo ir
Já não dói

Você é mais bonito quando voa de mim
E eu sou mais bonita quando voo pra mim
Sorria, amigo
E toma um abraço de memória
Tão grande quanto tudo que foi
E que não foi
(porque o que não foi também existiu
em ausência e concretude)

É quando te deixo habitar tranquilo
Que você evapora
E eu vejo mais claro o caminho que é só meu
E que é sem você
E que tudo bem

Você conta?
Conto eu, então:
Quatro
Três
Dois
Um

4 comentários:

  1. Lindo. Lindo. Lindo.
    Você é mais bonito quando voa de mim
    E eu sou mais bonita quando voo pra mim

    O término...
    Um beijo.

    www.eunomadiando.blogspot.com.br

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  2. Gostei muito!
    Abs

    www.lucadantas.blogspot.com.br

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  3. Quem me dera fosse fácil assim, mas, pra mim fica nesse "Quatro, três, dois, um" 0,9, 0,8, 0,7, 0,6 (...).

    Belo texto, parabéns.
    abçs

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  4. Quanta sensibilidade. Não é nada fácil falar em amor sem ser piegas. Belíssimo!

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