1 de junho de 2012

XX.

Anti-vocábulo.

Dragões, castelos, flores no cabelo, vestido.
Sorriso, braços abertos, pássaros, flores, rodopio.
Vento no rosto, olhos fechados.
Beleza.
Um sentir sem tamanho.
Sonho.

Olhos abertos: realidade.
Pessoas, casas, nada no cabelo, vestido amassado.
Risada exagerada, mãos cruzadas, carros, flores na floricultura, passos largos.
Anti-beleza. Amargura.
Um fingir-estar-bem sem tamanho.
E a hora de dormir que não chega.
E a hora de sonhar que não vem.

Tudo bem... Apenas feche os olhos.
Existe um mundo novo que começa no que não se pode ver
e termina no que se pode imaginar, e assim sendo: é infinito.

4 comentários:

  1. "Existe um mundo novo que começa no que não se pode ver
    e termina no que se pode imaginar, e assim sendo: é infinito."

    Lindo, do começo ao fim. Só de pensar que fechar os olhos pode me deixar um pouco mais alíviada me dá vontade de fechar sempre.

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    Respostas
    1. Ai como eu queria me mudar de vez pra esse outro mundo, mas a realidade aqui é obrigatória e é a única concreta, é a única que não some, que pode ser tocada.
      Bom fim de semana.

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  2. Se ainda for possível encontrar a beleza das coisas reais, então que a procuremos. Se não, ainda haverá a poesia.

    Lindo poema, Tiane!

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