18 de junho de 2011

24.

Consigo mesma.

Se abraçava bem, bem forte. Talvez não tivesse mais ninguém no mundo que nunca desistiria dela daquele modo. Estava sempre ali, sempre, ela consigo mesma. Acalmava-se, desesperava-se, mas sempre dizia: as coisas não são tão ruins assim. E até hoje ninguém sabe se realmente eram ou não, o que se sabe é que as palavras dela pra ela mesma a confortaram. Odiava confessar, mas adorava aquelas mentiras bonitas, aquelas as quais ela não sabia que eram mentiras, afinal, você concorda comigo que tudo é verdade quando acreditamos? Pois então, se ela não se alimentasse daquela ilusão, de que viveria? Morreria de fome, fome de momentos que ela só vivia na imaginação e que adoraria ter na realidade, mas que como não tinha, sonhava, sempre e sempre.

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