Consigo mesma.
Se abraçava bem, bem forte. Talvez não tivesse mais ninguém no mundo que nunca desistiria dela daquele modo. Estava sempre ali, sempre, ela consigo mesma. Acalmava-se, desesperava-se, mas sempre dizia: as coisas não são tão ruins assim. E até hoje ninguém sabe se realmente eram ou não, o que se sabe é que as palavras dela pra ela mesma a confortaram. Odiava confessar, mas adorava aquelas mentiras bonitas, aquelas as quais ela não sabia que eram mentiras, afinal, você concorda comigo que tudo é verdade quando acreditamos? Pois então, se ela não se alimentasse daquela ilusão, de que viveria? Morreria de fome, fome de momentos que ela só vivia na imaginação e que adoraria ter na realidade, mas que como não tinha, sonhava, sempre e sempre.
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