23 de junho de 2011

27.

Sem deixar rastros.

Toda noite eu esperava ansiosa pra te encontrar em sonho, me arrumava para que você parasse na região onde eles nasciam e viesse alegrar a minha noite e madrugada, o curto-longo espaço de tempo anterior aos problemas, à realidade, à vida, à manhã que fazia todos se levantarem e encararem seus medos  ou não. Mas assim era; nos encontrávamos toda noite e isso me bastava, vivíamos uma história adorável, até que um dia, eu, arrumada e ansiosa  fechei os olhos pra te ver e você não apareceu, voltei a sonhar com aquelas coisas estúpidas e sem sentido que a minha mente criava quando você não vinha. Você era o melhor de mim e o resto que antes me bastava já não era suficiente. O pior é que eu não podia te obrigar a voltar, eu não podia fazer nada, não há controle sobre o que não é real, um dia tudo simplesmente vai embora, evapora, sem deixar rastros. Não construa seu castelo com tijolos imaginários, um dia você pode se ver sem nada do que criou.

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